sexta-feira, 21 de maio de 2010

PRÍNCIPE DOS EXPOSITORES DA PALAVRA


João Calvino foi denominado "Príncipe dos Expositores" da palavra de Deus. De fato foi ele o exegeta por excelência da Reforma do século XVI. Dizia que a Escritura é a melhor intérprete de si mesma. E que, em nossa interpretação, devemos nos limitar ao que foi revelado. Como regra, não procurar ir além do que a Escritura nos ensina. Onde o Senhor fecha seus lábios que nós, de igual modo, impeçamos nossas mentes de avançar sequer um passo a mais. Portanto, a eloquência de Deus deve propiciar a nossa adoração; e o seu silêncio, o nosso reverente temor. Em outro lugar, comenta: "Tudo o mais, que pesa sobre nós e que devemos buscar, é nada sabermos senão o que o Senhor quis revelar à sua Igreja. Eis o limite do nosso conhecimento. O conhecimento de Deus e de sua palavra não visa satisfazer a nossa curiosidade pecaminosa; mas, sim, conduzir-nos a ele em adoração e louvor". "Ora, primeiro, com sua palavra nos ensina e instrui o Senhor; então, com os sacramentos no-la confirma; finalmente, com a luz do seu Santo Espírito, a mente nos ilumina e abre acesso em nosso caração à palavra e aos sacramentos que, de outra sorte, apenas feririam os ouvidos e aos olhos se apresentariam, mas longe estariam de afetar-nos o íntimo". (João Calvino / Strasburgo/ 18 de out. de 1539).

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