Não existe incompatibilidade entre a ciência e a teologia, desde que a ciência seja verdadeira ciência e a teologia verdadeira teologia.
Com relação a ser o mundo criado por Deus, ou fruto de uma evolução, não temos dúvida; as evidências são mais que convincentes de que Deus (Pai,Filho,Espírito Santo)foi o idealizador, mentor e promotor de toda criação. Admitir o contrário é trilhar um caminho longo demais para o diminuto ser humano.
Agora, o começo, a duração, o processo da operacionalidade (modus operandi) da obra criadora ficam a cargo da ciência. No dia em que ela (a ciência) puder resolver essas questões, a teologia irá agradecer-lhe a contribuição.
A Bíblia simplesmente diz (Gn.1.1-2):
1. No princípio, (o tempo)
2. Criou Deus os céus (o espaço sideral)
3. E a terra... (a matéria como um todo)
Subentende-se que, as condições básicas foram estabelecidas anteriormente, sem o que, não haveria cenário material e a ambiência circunstancial para a individualização dos seres que, posterormente, seriam criados. Quanto tempo essa matéria esteve nesse amálgama, sem luz, disforme e vazia? - Gn.1.2. Não sabemos. Apenas que o Espírito de Deus supervisionava tudo! Não nos esqueçamos que ele é eterno e, para ele não há sucessão de tempo (crono). Alguns teólogos querem admitir - baseados em detalhes das Escrituras - que antes desse gênese adâmico, um mundo anterior poderá ter acontecido e que este, que hoje temos, é sucedâneo do anterior. Mas, logicamente, são apenas cogitações e nós não estamos proibidos disso.
É bom que entendamos também ser inegável a existência de um processo evolutivo que, em dado momento, poderá ser também involutivo, principalmente, por causa do pecado.
Aí está a grande maravilha: é que Deus não estava criando algo inerte, inativo, mas um mundo dinâmico, criativo, como sombra de si mesmo. Fabricar um relógio que não funciona não é tão difícil; todavia, um que funciona, se possível automaticamente, há de mister uma certa genialidade.
Concordamos em que a história do Edem é extremamente simples, para explicar o monumental surgimento do homem sobre a terra. Logicamente, não diz tudo quanto gostaríamos de saber. E não estranhemos se, logo mais, forem descobertos outros planetas, semelhantes ao nosso, repletos de seres vivos, aonde o mesmo Senhor nosso manifesta de igual modo sua glória. Tais descobertas, pesquisas, invertigações, pertencem à ciência. Contudo, creio que a última palavra do conhecimento humano terá de ser, necessariamente, a primeira da Bíblia - criou Deus os céus e a terra!
NOTA: Hoje, 05 de novembro, é o DIA DA CULTURA E DA CIÊNCIA.