quarta-feira, 24 de março de 2010

Peter "Pistol" Pete Maravich


Peter “Pistol Pete” Maravich, uma das maiores lendas da NBA, foi o tipo de jogador que revolucionou seu esporte. Com dribles, passes e cestas que nunca haviam sido feitas por ninguém no basquete, ele encantou seu público nos anos 70. Uma lenda na NCAA (a liga universitária americana), ainda é o jogador com o recorde de pontos dessa liga. Era um armador de 1,95m, que usou a camisa número 23 na universidade e a 7 como profissional.
Nascido em 22 de junho de 1947, Maravich é filho de Press Maravich, técnico universitário de basquete por universidades como Clemson (que revelou jogadores como Horace Grant, Dale Davis e Larry Nance) e Louisiana State (mais conhecida como LSU, revelou Shaquille O’Neal, Bob Pettit e Stromile Swift, entre outros), que o ensinou os fundamentos do basquete aos 7 anos de idade. Pete treinava dribles, arremessos, passes e infiltrações de quatro a cinco horas por dia. Press só deixava seu filho ir embora do treino quando acertava 100 arremessos livres seguidos (e Pete dizia que quando acertava 99, deliberadamente errava o centésimo para poder continuar treinando). Press garante que numa noite, Pete, na época com 11 anos de idade, acertou 500 arremessos livres seguidos, e só parou quando escureceu.Ele dormiu abraçado a uma bola até os 13 anos, e andava de bicicleta batendo bola pelas ruas de sua cidade.
Pete foi para a universidade LSU, da qual seu pai era técnico na época. Num dos primeiros jogos da temporada, contra a universidade de Southeastern Louisiana, Maravich fez 50 pontos, pegou 14 rebotes e conseguiu 11 assistências. Depois de tal exibição, boa parte do público deixou o ginásio, que teria o jogo da equipe mais velha minutos depois. O fato se repetiu durante o resto da temporada, com a equipe novata de Maravich perdendo apenas um jogo, enquanto a equipe mais velha venceu apenas três partidas.Nos próximos três anos, Maravich jogou sob a tutela de seu pai, e nesse período de tempo, anotou 3.667 pontos, e teve médias de 43,8, 44,2 e 44,5 pontos. Maravich ainda é o maior cestinha da liga universitária americana. Nesses três anos, Maravich quebrou 11 recordes da NCAA e 34 recordes da divisão em que sua universidade jogava. Também detém os recordes de Louisiana State de pontos, média de pontos, tentativas e acertos de cestas, tentativas e acertos de lances livres. Ele também foi escolhido três vezes para o All-American Team (a seleção dos melhores jogadores da temporada em cada posição) e recebeu diversos prêmios, sendo o mais notável o Naismith Award, que equivale ao MVP da NBA. Maravich, embora nunca tenha conquistado o título universitário para a sua universidade, mudou a sorte de seu time. No ano anterior à chegada de Pete, LSU ganhara apenas três jogos e perdera 20. No seu último ano com o time, obteve uma campanha de 20 vitórias e oito derrotas, sendo eliminado no torneio de sua divisão pela universidade de Marquette (a mesma que, anos mais tarde, revelaria Dwyane Wade).Maravich se firmou como superestrela e foi o cestinha da liga na temporada de 1976-77, com 31,1 pontos por jogo. Também foi eleito para o primeiro time da NBA em 1976 e 77, e eleito para o segundo time da NBA em 73 e 78. Foi selecionado paro o Jogo das Estrelas cinco vezes (1973, 1974, 1977, 1978 e 1979), embora não tenha jogado o de 78 por lesão. Seu maior número de pontos na carreira foi contra o New York Knicks, quando marcou 68 pontos, em 25 de fevereiro de 1977, tendo sido marcado por um dos melhores jogadores de defesa da história da NBA, Walt Frazier.
Após abandonar o basquete, Maravich entrou em profunda depressão e ficou recluso, dizendo “tentar achar a si mesmo”. Praticou Yoga, tentou Hinduísmo, fez terapia com monges, se interessou por Ufologia (estudo de objetos não-identificados), mas só parou sua busca quando teve um encontro profundo com Jesus o que o fez entender que sua vida tinha um propósito e significado, tornou-se um ávido pregador da Palavra de Deus dando testemunho por todos os EUA de que a fama e dinheiro eram de importancia relativa, visto que somente o encontro genuíno com Jesus é que emprestara significado a sua vida. Chegou a dizer que preferia ser lembrado como Cristão do que como jogador de basquete.
No dia 5 de janeiro de 1988, enquanto se aquecia para jogar um simples jogo de basquete com amigos, teve um infarto e morreu nos braços de seu grande amigo Pastor Doutor James Dobson. Uma autópsia revelou que ele não tinha uma das coronárias do coração, sobrecarregando a única que tinha. Em 1973, teria dito a um repórter da Filadélfia: “Eu não quero jogar basquete por 10 anos e morrer do coração aos 40″. Morreu aos 40 anos, após jogar basquete profissional por 10 anos.

Seus Feitos

Selecionado para o time dos novatos, em 1971.
Selecionado para o primeiro time da NBA em 1976 e em 1977.
Selecionado para o segundo time da NBA em 1973 e em 1978.
Selecionado cinco vezes para o Jogo das Estrelas (1973, 1974, 1977, 1978 e 1979) .
16º maior cestinha da NBA em questão de média de pontos, com 24,2.
Cestinha da NBA na temporada 1976-77, com 31,1 ppg, sua melhor marca.
Detém o recorde de maior números de lances livre feitos em um só quarto, 14, em 28 de novembro de 1973, contra o Buffalo Braves (atual L.A. Clippers.).
Detém o recorde de maior número de lances livres tentados num só quarto, 16, no dia 2 de janeiro de 1973, contra o Chicago Bulls.
Teve sua camisa número 7 aposentada pelo Utah Jazz em 1985.
Teve sua camisa 7 aposentada pelo New Orleans Hornets em 2003, mesmo nunca tendo jogado pelo Hornets.
Eleito um dos 50 maiores jogadores da história da NBA em 1997.
Vencedor do prêmio Naismith (1970).Vencedor do prêmio Oscar Robertson (1969 e 1970).
Recordista de pontos do basquete universitário americano com 3.667
Maior média de pontos do basquete universitário, com 44,2
Recordista de cestas tentadas (3166) e feitas (1387)
Recordista de lances livre tentados (1152) e feitos (893)
Recordista do maior número de jogos feitos com 50 ou mais pontos
Recordista do maior número de pontos feitos por um jogador em uma temporada com 1381 pontos e maior média de pontos com 44,5 em 1970, também detém o recorde de maior número de cestas tentadas (522) e feitas (1168) por um jogador em uma só temporada
Detém o recorde de maior número de cestas feitas em um só jogo por LSU, com 26, e maior número de cestas tentadas, com 57, em um só jogo, contra a universidade de Vanderbilt.
Teve sua camisa, número 23, aposentada por LSU em 2007.
Apesar de todas essas conquistas sempre deixou bem claro para seus amigos, sua esposa e filhos que sua maior conquista foi ter sido alcançado pela graça e misericórdia de Deus. Suas mensagens sempre foram pautadas pela necessidade de entendermos a brevidade da vida e entendermos que a qualquer momento o Senhor pode nos chamar.
O Filme “Pistol – Nasce Uma Lenda” lançado recentemente conta a historia verídica desse que foi um dos maiores jogadores de basquete de todos os tempos.

Um comentário:

  1. Assisti o filme ontem e realmente fiquei muito interessado na sua vida e nos ensinamentos que podemos tirar dele.Estava elencando como um filme motivador para educação 28 itens.Realmente é apaixonante para quem jogou basquete ou ainda joga.
    Valeu !!!

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