sexta-feira, 30 de outubro de 2009

POESIA HEBRAICA FALA DO INTRANHADO AMOR POR JERUSALÉM



"Tu te lembrarás e terás misericórdia de Sião,
pois é hora de lhe mostrares compaixão;
o tempo certo é chegado.
Amamos as pedras dos muros derribados,
e até mesmo os entulhos das casas destruidas!"
               (Sl. 102.13-14)


O SENHOR TEM RESPOSTA A ESSAS
PALAVRAS, POR INTERMÉDIO DE
ISAIAS:
"Neste monte o Senhor dos Exércitos preparará
um farto banquete para todos os povos,
um banquete de vinho envelhecido,
o melhor vinho, com carnes suculentas.
Neste monte ele destruirá o véu que
envolve todos os povos, a cortina que
cobre todas as nações;
destruirá a morte para sempre.
O  Soberano, o Senhor, enxugará as lágrimas
de todo rosto e retirará de toda terra
a zombaria do seu povo, foi o Senhor
quem o disse! Naquele dia dirão: Este
é o nosso Deus; nós confiamos nele, e ele
nos salvou. Este é o Senhor, nós confiamos
nele; exultemos e alegremo-nos,
pois ele nos salvou". (Is. 25.6-9)

JERUSALÉM CIDADE PISADA E EXALTADA


          Cidade ao sul da Palestina, capital de Israel e, posteriormente, de Judá, em tempos mais recentes, capital da Palestina. Desde 1948, dividida entre árabes (a parte mais antiga) e a república de Israel ( a parte mais nova ).É mencionada pela primeira vez, com esse nome, nas Escrituras, em Josué 10.1. Outros nomes são atribuidos a essa cidade como: Jebus, Sião, Ariel, Lareira de Deus, Cidade Santa, Cidade de Justiça, Cidade do Grande Rei, Cidade de Davi. Está hoje longe do que deveria ser, porquanto seu nome significa " Habitação da paz".Qual é o segredo de sua importância? Não viera a ser, em tempo algum, cidade de grandes dimensões. Mas, se Roma se tornara famosa por ter sido sempre um grande centro político, Atenas por vir a ser um centro intelectual, Jerusalém, por ter sido eleita por Deus como cetro de adoração. Assim, se Babilônia é, na Bíblia, simbolo de oposição a Deus, Jurusalém tornou-se símbolo de comunhão com Ele.Está edificada num altiplano como se fora um tabuleiro, a 800 metros acima do nível do mar, cercada por um triângulo de outeiros, como se estes fossem fortalezas naturais, dificultando a penetração do exército inimigo. Essa disposição geográfica do terreno ocasionou a expressão do Salmo 125.2: "Como estão os montes ao redor de Jerusalém, assim o Senhor em volta do seu povo".Anteriormente, segundo a tradição, Jerusalém era a cidade de Salém, lugar governado pelo rei-sacerdote Melquisedeque - Gn.14.18, II Cr.3.1. Adoni-zedeque (Senhor da justiça) deve ter sido o último soberano de Jerusalém (em oposição), vencido por Josué - Js.10.3-27. Provavelmente, num desses montes que circundavam Jerusalém, estava o monte Moriá (Gn.22.2, IICr.3.1), lugar indicado para que Isaque fosse oferecido em holocausto, vindo a ser posteriormente o Calvário, onde o Cordeiro de Deus foi imolado. Neste momento, para maiores esclarecimentos, recomendamos a leitura de Isaias 25.6-9.A cidade possuia, ainda, grandes reservatórios e tanques de água, aquedutos ou canais subterrâneos. As portas davam acesso a todas as direções, o que poderá ser comparado com a Nova Jerusalém - Ap.21.12-13. Todavia, mesmo com essa topografia do terreno e estrutura,  Jerusalém foi muitas vezes dominada e destruida mais de vinte vezes em sua história.Atualmente, tem sido atacada, pisada e destruída pela rivalidade dos que dominam a região. Ambas as correntes que se polarizam como religiões diferentes, o judaísmo e maometismo, têm as mesmas raízes e não se ajustarão nunca - Gn.16.12, Lm.1.17.Hoje, uma mesquita ocupa o lugar do grande templo de Salomão (o pacífico, na cidade da paz) e não há, nem siquer, vislumbre de paz naquela região, para que não se imagine essa cidade como a real Nova Jerusalém.Jesus disse: "Jerusalém será pisada pelos gentios", durante o tempo permitido por Deus para que eles façam isso. Quando você vê pela televisão, ou através dos noticiários, os carros-bombas e homens carregados de explosivos, causando grandes destruições nas ruas de Jerusalém, lembrem dessas palavras do Senhor Jesus. Elas estão se cumprindo!Mas,... Jerusalém não é isso. É justamente o contrario; esse nome significa: "Viver em paz com Deus" ou, "Habitação de paz". Ela é símbolo da comunhão com o SENHOR, assim como Babilônia é símbolo da oposição a Deus. Somente assim você (leitor) irá entender as frequentes expressões: "Saí de Babilônia", "fugi de entre os caudeus", como também, irá compreender as lágrimas do Mestre por essa cidade (Jerusalém) que, não tinha consciêcia (nem mesmo ainda tem) de sua vocação - Lc.19.41-42. Orai pela paz de Jerusalém (Sl.122.1-9).
Deus seja para sempre louvado!

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O FIRMAMENTO




"Glória a Deus: Eis aberto o livro imenso,
   O livro do infinito,
Onde em mil letras de fulgor intenso
   Seu nome adoro escrito".
     (Soares de Passos)


terça-feira, 27 de outubro de 2009

CRISTO DO CORCOVADO


Mas vejam como é lindo
o grande Cristo dormindo,
em pé, na laje imortal do seu destino.
Tem a beleza do esteta,
inspiração sublime do poeta,
na orquestração do seu hino.
 E vejam só: está calado,
 o grande Cristo gelado,
 sem falar coisa nenhuma!
   Mas que contraste: não medra
   seu poder de salvação!
    Ele é formado de pedra!
   Ele não tem coração!
    (Astriel da Silva Lopes)

A "Cidade Maravilhosa" é hoje uma
cidade perigosa. Isso não aconteceria,
se o cristo de pedra do morro fosse
substituido pelo Cristo vivo, nos corações
de todos os cariocas

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O PROFETA CHORÃO


Jeremias, filho do sacerdote Hilquias, da cidade de Anatote, tem sido denominado de "Profeta Chorão", ou profeta relutante (por tentar desistir da missão profética), ou ainda profeta solitário, por ter recebido ordem para não se casar - Jr.16.2. No entanto, por mais de 40 anos, proclamou o juízo de Deus sobre a nação de judá.Sua palavra foi de advertência aos judeus, repreensão aos falsos pastores (reis, sacerdotes e profetas) e, sobretudo, predições sobre a destruição de Jerusalém  e os setenta anos de cativeiro babilônico. Esporadicamente, direcionou suas profecias contra as nações hostis a Israel, finalizando seu livro com as promessas de restauração final ao povo de Deus.Começou com seus veredictos aos 20 anos de idade, em 627 a.C.,no reinado de Josias, com quem manteve um bom relacionamento. Mas, depois da morte desse rei, a oposição ao seu ministério tornou-se extremamente ferrenha. Foi amarrado a um tronco (20.2), ameaçado de morte e, depois, preso em um cárcere(28.8,11/32.2-3/37.15-16); foi ainda jogado dentro de uma cirterna(38.6), proibido de ir ao templo(36.5), suas profecias foram destruidas pelo rei Jeoaquim(36.26), tendo sido depois reescritas por Baruque - 36.27-28.Por isso tudo, tornou-se rejeitado por seus vizinhos (11.18-23), por sua própria família(12.6), pelos demais sacerdotes e profetas (20.1-2), por seus amigos (20.10), pelo povo todo (26.8), incluindo o rei - 36.23. Contudo, nada disso arrebatou-lhe das mãos a bandeira de profeta do Senhor que empunhava!Lamentações é uma continuação do livro de Jeremias. O tema é uma série de elegias em forma de acróstico, escritas como se fosse para um funeral nacional, visto que descrevem a tomada e a destruição de Jerusalém.Na septuaginta (*), encontramos a seguinte introdução a essa parte: "E sucedeu, depois, que Jerusalém foi levada ao cativeiro e Jeremias se sentou a chorar e a lamentar, e lançou seu lamento sobre Jerusalém".A verdade é que Jeremias amava profundamente o seu povo; contudo, trazia sobre si a incumbência da palavra profética em descrever o horizonte sombrio que se avizinhava de Judá. Apesar de tudo isso, pode também prognosticar a restauração da nação judaica. Um dia o seu povo iria voltar do cativeiro (30-33), para a reconstrução do que fosse desmatelado pelo inimigo. E não somente isso; Jeremias estende suas predições a um nova aliança, em que a graça suplantaria a lei em eficiência, no soerguimento do Israel de Deus. Ao Senhor de toda terra sejam dadas: honra, glória e louvor para todo o sempre!
(*) Septuaginta: Versão grega, do Velho Testamento da Bíblia, feita no Egito, entre 285 a 250 a.C., segundo a tradição por 72 sábios judeus, 6 de cada tribo, em 72 dias (daí o nome septuaginta), a pedido de Demétrio Falário, bibliotecário do rei. Possivelmente, tenha sido essa a versão da Bíblia, usada por Cristo (Lc.4.16-21 e 16.29) e nos dias apostólicos (At.8.30-35).

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

ONDE ESTÁ DEUS


 "Onde está Deus, papaizinho,
que o meu olhar nunca vê?...
Por que, apenas, o advinho,
na luz... nas flores... no ninho...
no céu... na terra... Por que?
     Por que não tenho a ventura
                de nele os olhos fitar,
                               como nas nuvens da altura,
                                        como no sol que fulgura
                                          como nos campos, no mar?...
                                        Quanto feliz eu seria,
                                       contemplando os olhos seus!
                                     Dá-me a infinita alegria
                                     de vê-lo ao menos um dia!
                                      Papaizinho, onde está Deus?"
                                   --Meu filho, sê bom, no mundo
                                     semeia a paz, o perdão;
                                      foge do mal negro e imundo,
                                   --e Deus verás, bem no fundo
                                  do teu próprio coração.
                            (Correia Júnior)

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

MEU FILHO




Sublime emanação da mão divina,
Querido filho, flor dos sonhos meus!
Alma inocente, meiga, pequenina,
incomparável dádiva de Deus!
     Riquíssimo tesouro, és a menina
     dos meus olhos que anseiam pelos teus!
     Luzente jóia, pérola tão fina,
     estrela desprendida lá do céus!
Se te sustento, filho, nos meus braços,
se te achego ao meu peito em mil abraços,
se beijo a tua face pura e calma,
     eu sinto em mim profunda sensação,
     de ter nas mãos meu próprio coração
     e beijar um pedaço de minh´ alma.
    (Francisco Horta)

terça-feira, 20 de outubro de 2009

A LEI DO SENHOR - Salmo 19.7


" A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma ". É, também, o caminho eterno pelo qual todas as coisas são conduzidas, dentro dos propósitos de Deus. A lei do Senhor nada mais é do que segurança, estabilidade e sustentação a tudo quanto deverá ser preservado, para a glória de Deus. O que é assegurado pela lei é permanente e de valor eterno. Mas aquilo que está fora dessa condição se definha, envelhece, esboroa-se, é passageiro, relativo, torna-se odres velho, não permanece para sempre.Onde estivermos, precisamos estar em consonância com a lei do Senhor, os decretos eternos de Deus. Quem pode estar na lei do Senhor tem a seu favor toda segurança. Não será abalado ainda que tudo se desmorone ao seu lado. A grande questão, ou o grande propósito de Deus, é colocar sua lei no coração do homem. Isso não poderá ser pela imposição, pela força (Zc.4.6), senão pelo Espírito do Senhor - Ez. 36.25-27. Quando lemos o salmo 19.7-14, ou o 119, vemos como o homem de Deus tem o coração anelante pela lei do Senhor.Temos, muitas vezes, a tendência de imaginar que a graça é melhor que a lei, porque somos pecadores. Mas esse não é o melhor entendimento. A graça nos é agradável, porque é remédio para o pecador, enfermo, incapaz de, por si mesmo, viver a realidade descrita na lei. Por conseguinte, a graça toma para si a incumbência de nos redimir e, aos poucos, ir escrevendo a lei do Senhor, nas tabuas do nosso coração - Is.31.33. Portanto, o planejamento divino é reconduzir tudo, desse mundo caído, ao aconchego e segurança da lei do Senhor.Não confunda mandamento (recomendação do Senhor), ou estatuto (regulamento), com a lei do Senhor. Os mandamentos, estatutos, preceitos, são caminhos de ensino, usados por Deus, para nos conduzir às verdades eternas, às realidades espirituais, aos princípios eternos que norteiam tudo neste universo, de modo que estejamos em harmonia com o que por Deus foi estabelecido. Muitas vezes, o mandamento é uma expressão verbal de um princípio eterno; a expressão verbal é modificável (Rm.13.9-10) e o princípio eterno é permanente - é a lei do Senhor. É possivel viver mandamentos, pendendo para o legalismo mórbido, Mt.12.2-8, ou religiosidade formalística, "coando mosquito e engulindo camelo", Mt.23.23-24, sem chegar-se aos valores reais de uma vida de intimidade com Deus. Note bem: o mandamento poderá ser mudado, alterado, suprimido; a lei, jamais - Mt.5.17-20, Is.40.8, Mt.24.35. O mandamento é normativo, expresso em forma de ordem, vazado em palavras, recebe uma formulação. A lei do Senhor, não; esta é inalterável, eterna, inflexível e está gravada em todo universo. Quando entramos em harmonia com o Deus do universo e o universo de Deus, entendemos a lei do Senhor e há descanso para nossa alma. A alma é restaurada, porque a lei do Senhor faz cessar os nossos conflitos. Que grande maravilha! "A lei do Senhor restaura a alma", porque é a lei do Espírito da vida que estava em Cristo Jesus e, em nós, nos livra do pecado e da morte - Rm.8.1-2. A lei é o amor, a lei é a justiça, a lei é a paz e tudo quanto há de verdadeiro e bom. Louvado seja o Senhor por isso!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

A fé sem obras é morta - Carta de Tiago 2.17



"A vida moderna está organizada a favor dos que têm e contra os que não têm. Numa sociedade aquisitiva, o dinheiro é a chave de ouro que abre as portas dos privilégios, da educação mais aprimorada, da posição social e do poder. Nós sabemos e sentimos, no mais profundo do nosso ser, que isso está errado e é anticristão. Fere de cheio o ensino de Cristo. Contudo, a igreja (instituição humana) está tão dependente dessa sociedade aquisitiva, para o seu sustento, que se fecha atrás desse sistema econômico, que sabe estar errado, e não se posiciona quanto a isso. Quem sabe fazer o bem e não o faz, está pecando - Tg. 2.26, 4.17.
         (Stanley Jones)

O QUE NAO PROVEM DA FÉ É PECADO - Carta de Paulo aos Romanos 14.23.

"Se não estivermos vivendo pela fé no Filho de Deus, não seremos servos eficientes, nem testemunhas fiéis, nem verdadeiros adoradores. Poderemos fazer muitas coisas, mas não será serviço para Cristo; poderemos dizer muitas coisas, mas não será testemunho verdadeiro de Cristo; poderemos exibir muita piedade e devoção, mas nada disso será espiritual e verdadeira adoração".       (Mackintosh)


sexta-feira, 16 de outubro de 2009

MANIFESTAÇÕES DA FÉ SALVADORA:


1.FÉ VIVA EM DEUS e na sua suprema palavra encarnada em Cristo Jesus - Jo.5.24, 2Tm.1.12, independentemente das consequências - Hc.3.17-19;
2.INTRANHADO AMOR, demonstrado por atitudes concretas, para com o Senhor e tudo que foi estabelecido por Ele (amor que procede de nosso Pai, eterno e bi-impulsionado), como fruto da fé
salvadora - Gl.5.6, 1Co 13.
3.CORAGEM para ser verdadeiro, sincero, honesto, em todos os momentos, lugares e circunstâncias,com uma boa consciência - 1Tm.1.5.
4.DESEJO, intenso e apaixonado do conhecimento de Deus, da sabedoria que vem do alto - Tg.3.13-18,Pv.8.13,22-36, da verdade que liberta, e das coisas referentes ao Reino dos Céus - Jo.8.31-32, Mt.6.33,Rm.14.17.
5.SEDE de comunhão com Deus e com todos os que são da família de Deus - Ef.2.14-19, Ef.3.14, Hb.12.22-24, 1Co.12.12-13, independentemente de barreiras, rótulos, posições sociais, denominacionais (que dividem, mutilam relacionamentos do corpo e promovem a arrogância humana e a incredulidade entre os homens).
6.BUSCA de uma vida harmônica, equilibrada, com a beleza do caráter de Cristo, paz, alegria, estabilidade emocional, pureza e simplicidade - Mt.5.3-16, Rm.13.8-14.
7.FACILIDADE em reconhecer o próprio pecado, disposição em colocar o rosto na terra (se necessário)para confessá-lo; desejo constante em remover os entulhos da vida, custe o que custar, com transparência e humildade - 1Jo.1.8-10, Sl.32.1-5,Sl.51.1-12.
8.SER PERDOADOR, indulgente, longânimo, paciente, considerando os outros superiores a si mesmo -Fp.2.3; buscando sempre o bem-estar do semelhante, jamais sendo indiferente com o necessitado - Mt. 25.34-40.
9.DESIBINIÇÃO na comunicação, franqueza e amor no trato com as pessoas, optando sempre pelo caminho da paz, espontaneidade na adoração, resistência à injustiça e ao progresso do mal - Mt.5.37, Rm.12.21.
10.SER PARTICIPANTE DO SOFRIMENTO DE CRISTO, testemunhando dele a tempo e fora de tempo, sem retroceder ou ter medo, sem demagogia ou fingimento, falando sempre de sua redenção e seu ensino, seu modelo de fidelidade e paixão - At.1.8, Hb.12.1-3.
VIDA CRISTÃ é vida de união com Cristo, vivida sob a orientação da Palavra, no poder do Espírito Santo,e para a glória de Deus.

Expansão dos evangélicos na África preocupa a Igreja Católica


France Presse - publicado em 16/10/2009
Fiéis são sobretudo jovens cansados do ritual "frio" das missas católicas.
A expansão de igrejas evangélicas na África preocupa os dirigentes da Igreja Católica. O tema entrou no centro das discussões do sínodo [reunião de bispos] do continente, que acontece até o próximo dia 25 no Vaticano.Em Abidjan, na Costa do Marfim, como em muitas outras cidades africanas, observa-se uma rápida propagação das novas comunidades. A Igreja Universal, por exemplo, comprou vários cinemas da cidade e faz muita propaganda na rádio e na TV.Segundo uma pesquisa realizada em 2006 na República Democrática do Congo, havia entre 12 e 13 mil igrejas Despertar apenas na capital, Kinshasa.A mensagem destas igrejas se centra basicamente na realização de curas e milagres através de exorcismo, além da promessa de riqueza e outros bens materiais, tudo ao ritmo de músicas que contrastam com a tradicional missa católica, considerada "muito fria" pelos fiéis, segundo explicou o reverendo Bruno, da Igreja do Despertar de Kinshasa.
Vaticano critica evangélicos
No Vaticano, Alfred Adewale Martins, bispo de Abeokuta (Nigéria) se referiu aos evangélicos como "grupo geralmente muito agressivo, que fala da Igreja Católica como uma igreja morta".- Eles querem acabar com a Igreja Católica, tanto no que diz respeito a sua influência como ao número de seus fiéis.Os bispos concordaram que o sucesso dos evangélicos se alimenta do mal-estar de uma população que vive num continente afetado por conflitos e onde a corrupção prospera graças à pobreza.Por sua parte, o monsenhor Robert Murhiirwa, bispo de Fort Royal (Uganda), disse que os muçulmanos e os evangélicos "gastam milhões de dólares em nossos países para atrair os jovens". O monsenhor Felix Alaba Adeosin Job, arcebispo de Ibadan (Nigéria), protestou contra a expansão dos grupos: - Esses ataques [dos evangélicos] capturam nossos membros mais vulneráveis: os jovens e os adultos jovens.Já o cardeal Walter Kasper, presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, disse que se deve "enfrentar este desafio urgente com uma atitude de autocrítica".A declaração vai na linha do bispo Martins: - Não é uma batalha, e sim um desafio.
Copyright AFP - Todos os direitos de reprodução e representação reservados

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

SERÁ QUE APRENDEMOS COM A NOSSA HISTÓRIA?


Será que aprendemos da história alguma coisa sobre a futilidade e absurdeza das guerras? Dizia-se que a primeira guerra mundial fora tão inconsequente que, como resultado, iria acabar com todas as guerras; não obstante, dentro da mesma geração e no mesmo palco de nações, logo veio a segunda guerra mundial.Agora, corremos desesperadamente ao redor da terra, procurando eliminar estupins que poderão incendiar o mundo de novo, trazendo sobre ele a terceira guerra, com resultados imprevisíveis.Volvendo as páginas sombrias da História, vemos o registro da luta constante do homem para se acomodar na convivência com o próximo. Famílias combatem famílias, tribos guerreiam entre si em disputas constantes, nações se levantam contra outras nações.A sociedade humana, em sua maioria, odeia a guerra; no entanto, desde quando se tem notícia, o mundo jamais esteve em paz. O Gal.Douglas MacArthur, afirmou: "O homem, desde os primórdios, tem procurado a paz por meio de alianças militares, equilíbrio de forças, liga de nações, e tudo alternativamente tem falhado, deixando um único caminho - a voragem da guerra". Portanto, cabe aqui a expressão de Hegel: "A História humana ensina-nos que não se aprende coisa alguma dela".Há, todavia, uma outra história, uma história DIVINA-HUMANA inserida na história dos homens. Essa não tem como base o pecado, o egoísmo, nem se assenta nas supérfluas pretensões humanas. É a História que erigiu-se da pureza e do amor, tendo como protagonista o Príncipe da Paz que, em seu cavalo branco, na formosura de seu rosto, na serenidade de suas palavras, transmite-nos a mais valiosa de todas as mensagem: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou..."; "Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize". Quem já se uniu a Ele, não só traz dentro de si essa paz, como se transformou em permanente pacificador.
Louvado seja para sempre o nosso Deus!

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

MAL SECRETO:



Se a cólera que espuma, a dor que mora
N'alma e destrói cada ilusão que nasce,
Tudo que punge, tudo que devora
O coração, no rosto se estampasse.
       Se se pudesse o espírito que chora,
       Ver através da máscara da face,
       Quanta gente, talvez, que inveja agora
       Nos causa, então piedade nos causasse!
Quanta gente que ri, talvez, consigo
Guarda um atroz recôndito inimigo,
Como invisível chaga cancerosa!
      Quanta gente que ri, talvez existe,
      Cuja ventura única consiste
      Em parecer aos outros venturosa.
(Maravilhoso soneto de Raimundo Correia,
mavioso poeta brasileiro parnasianista)
                                                          

terça-feira, 13 de outubro de 2009

ELEMENTOS IMPREVISÍVEIS:

         

           Esta, não parece, mas é a teoria da evolução. No princípio nada havia: nem luz, nem calor, nem ar, nem água, nem planta, nenhum animal, nada, absolutamente nada. Somente noventa átomos, imprevisíveis, que começaram, nas suas traquinagens, a criar substâncias e tudo quanto veio a existir.
          A primeira coisa que tiveram de estabelecer foi a energia, a fim de que houvesse luz, claridade, calor, para que pudessem trabalhar. Aliás, até não sabemos bem porquê, visto que eram cegos, inconscientes, desprovidos de inteligência, sem capacidade para apreciar o que estavam fazendo. Contudo, mesmo assim, puseram-se a produzir o espaço sideral, depois a água, depois a terra, amebas, protozoários, até dinossauros, as grandes baleias, girafas e os probocídeos que estão aí até hoje.
          O que é mais estupendo é que não se comunicavam entre si, para combinar alguma coisa, de modo que um não prejudicasse o trabalho do outro. Sem entendimento entre eles, chegaram aos seres mais complexos, à vida, à racionalidade, à consciência mais desenvolvida, ao senso moral de responsabilidade, às leis, a tudo isso, sem um pingo de inteligência. O mínimo produzindo o máximo! Não é fantástico?
          Entre os noventa átomos alguns eram mais espertos, chegando até a serem atrevidos. Formaram a maior parte das substâncias. Dois deles, por exemplo, chamavam-se Hidrogênio e Oxigênio. Estavam em todas. O garotão Carbono então, individualista, criou algumas coisas só para ele, como por exemplo, a grafita e o diamante, suas formas alotrópicas. Esteve, também, presente em tudo, principalmente na formação das substâncias orgânicas, nas estruturas vegetais, animais e minerais carbonados. Camarada versátil esse Carbono!
          Agora,...uma coisa interessante: muito embora tenha sido esse grupinho de minúsculos personagens que interagia no princípio, para formar esse universo fenomenal, ainda assim, alguns desses agentes invisíveis,quase nada fizeram. Foram extremamente preguiçosos, ou estavam emburrados, mal-humorados, ou então, eram inibidos. O Sr. Hélio e mais cinco companheiros (gases nobres), por exemplo, nada, ou quase nada fizeram. Ficaram nas alturas, o tempo todo (e olha que foi muito tempo), bilhões de anos, a ver navios. Deveriam ter sido despedidos do emprego. Outros como o Polônio, o Urânio, são radioativos, nervosos, explosivos, não da para mexer com eles facilmente. O Estrôncio, "estranho", estranhíssimo! Essa turminha é mesmo da pesada!
          E agora? O que será que estão planejando para o futuro? Quem poderá dizer quais serão os seus projetos? Esse é o grande perigo! Eles não dizem nada, mantém segredo absoluto de tudo, não há como saber o que estão mancomunando.Não é perigoso isso? Então, agora só resta uma grande pergunta e essa não tem como você sair-se dela: Quem fez esses noventa peraltas? De onde eles vieram? Saia dessa! Você concorda mesmo que não há uma inteligência por trás de tudo isso?

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

CURIOSIDADE



O Vaticano não é simplesmente um Estado independente, nem o Papa apenas chefe espiritual de milhões de seres humanos. O Vaticano é um dos Estados mais ricos do mundo e seu chefe, o Papa, dirigente de muitas e importantes empresas comerciais. O Vaticano joga no mercado de títulos dos Estados Unidos, Grã-Bretanha, Suiça e possue grandes empresas industriais na Itália. Seu capital foi avaliado, algumas décadas atrás, em cinco (5) bilhões de liras. São do Vaticano o Banco de Roma, o Banco do Espírito Santo, o Banco de Crédito Centrale del Lazio, a Companhia Telefônica Teti, a Companhia Imobiliária Generale Imobiliare, o Banco Instituto Opera di Religione - Internacional, além de ser acionista em companhia de gás, luz, telefone, transporte, cadeias de hotéis, estradas de ferro e fábricas de cimento na Itália. O Vaticano tem contratado para dirigir o seu império os melhores economistas do mundo, tendo sido um deles o gênio em finanças - Bernardino Hogara. Além do mais, a residência do Papa, no Vaticano, é considerada o maior palácio do mundo, contendo: 12 mil quartos, 800 salas, 150 gabinetes e salas de leitura e 300 banheiros. Também no Vaticano está o maior templo do mundo, a Basílica de S.Pedro, para 45.000 pessoas.
(Dados da Folha de S.Paulo, transcritos por Alfredo de Barros L.Brandão, em seu livro "O Mundo nas Mãos")
NOTA:   Uma coisa que não consigo entender: A Igreja Católica, recentemente, redefiniu "Pecado Capital" como sendo os vícios nas drogas, gulodice (glutonaria), ......... e o décimo quarto, concentração de riqueza.
Porque de fato, esse é, sem dúvida alguma, o "PECADO CAPITAL".

COMO A IGREJA TEM SE CARACTERIZADO:


1. EM JERUSALÉM  (no surgimento da Igreja) - Um estilo de vida.
2. EM ROMA  (em substituição ao Sacro Império Românico Germânico) - Uma instituição e Estado
3. NA EUROPA (com muitas apropriações indébitas) - Uma cultura
4. NOS ESTADOS UNIDOS (com manipulações) - Um empreendimento
(No meio disso tudo está a IGREJA CORPO VIVO DE CRISTO)

VINHO NOVO EM ODRES VELHOS:




Quando olhamos o livro de Atos, ficamos maravilhados vendo o estilo de vida dos cristãos do primeiro século. Tinham tudo em comum, partiam o pão de casa em casa, compartilhavam os seus bens e, enquanto isso, o Senhor ia acrescentando os salvos dia a dia.As epístolas de Paulo falam da "Igreja que está em sua casa". Aos poucos as casas foram sendo substituidas pelos templos e o povo foi perdendo sua participação mais direta nos cultos.Com a reforma pretestante do século XVI, o sacerdócio de todos os crentes foi restaurado. Cremos que a Igreja não é uma organização, mas, um organismo vivo. Somos um corpo vivo cuja cabeça é Jesus Cristo. Deus está, pelo seu Espírito, restaurando sua noiva. Cremos que a "Igreja em Células" é uma estratégia do Senhor para fortalecer, edificar, unir, sarar e santificar sua amada Igrja.Nossos cultos serão mais participativos, o discipulado será mais forte, nossa comunhão será mais autêntica. Atualmente somos uma Igreja cujos membros encontram dificuldades para conhecerem-se uns aos outros. Somos uma família que se encontra somente nos horários dos cultos e que pouco conversa.Através das células familiares, juntos estudaremos a palavra, oraremos, entoaremos louvores e creceremos até chegarmos à estatura da perfeita varonilidade em Cristo. Não queremos novidades... Elas passam! Queremos,sim, o novo de Deus! Logo, o que queremos é o orvalho da graça, o bafejo do Espírito Santo para a nossa caminhada. Igreja em célula entendemos não ser modismo e muito menos novidade. Cremos sim, ser uma estratégia de Deus nesta hora de um mundo pós moderno em que precisamos nos manter no foco de Deus e firmes na Palavra. É preciso que ofereçamos ao Senhor obras novas. Que não tenhamos medo de experimentar o novo vinho de Deus. Em tudo isso é preciso que oremos muito, que sejamos sensíveis à voz do Senhor e que, em tudo, dependamos da ação segura, serena e poderosa do Espírito Santo.(Pr. Messias Anacleto Rosa  -  MD. Pastor da IPI em Londrina)

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

AS TESOURAS-DO-CAMPO E A ECOLOGIA:


As tesouras-do-campo são aves tironídeas, de arribação e que, logo no início da primavera (a partir do dia 15 de setembro), chegam ao centro-sul do país, para aqui criarem seus filhotes.Permanecem nesta região meridional até o mês de março, momento em que sua prole já estará plenamente desenvolvida, em condições de acompanhar seus pais no retorno ao ambiente equatorial.Todos os anos, nesta época, fico aguardando a chegada desses pássaros belíssimos que são um destaque ornamental, na entrada da estação primaveril. Ostentam coloração e plumagem semelhantes as da andorinha,tendo como peculiaridade penas alongadas em sua cauda, com mais ou menos vinte centímetros de comprimento.Seu nome advém do fato de, frequentemente, apresentarem, em seus vôos acrobáticos, majestosas exibições, abrindo suas caudas como se fossem tesouras, numa espécie de saudação ou cortejamento umas às outras.Assim como as andorinhas, alimentam-se de insetos. Justamente no começo do calor, quando os mosquitos, as formigas, os gafanhotos e cupins proliferam, esses abençoados passarinhos aparecem, para fazer aqui equilíbrio ecológico e trazer estabilidade à cadeia alimentar do ambiente. Quanta sabedoria de Deus nesses importantes detalhes da natureza!Contudo, nos últimos anos, o número desses pássaros tem sido cada vez menor. Este ano, até agora, sómente pude encontrar um único exemplar - estranhamente solitário. E, a causa principal desse declínio da espécie, reside no egoísmo humano.Em 2006, no condomínio onde moramos, foi feita uma dedetização, nas casas e muros, logo no início da primavera, com a justificativa de que seria para minimizar os incômodos das formigas e outros similares.Como resultado, logo a seguir, encontramos duas tesouras-do-campo mortas, e uma terceira agonizante.Assim procedemos no nosso egoísmo. Consequentemente, temos agora um número ínfimo desses pássaros e o aumento incontrolável  de himenópteros (formigas), miríades de cupins e outros. Talvez os nossos pósteros (netos, bisnetos, tataranetos...) não tenham mais a oportunidade de conhecer essa ave, não somente útil, mas extremamente linda, perdidamente bela. Que pena! Damos a isso o nome de desequilíbrio ecológico. Todavia, é bom que entendamos esse desequilíbrio, não como algo que esteja no espaço físico, na natureza, mas algo que está no homem; exatamente naquele a quem foi dada a ordem de gerenciamento (com sabedoria) sobre todas essas coisas: aves dos céus, motanhas, matas, rios, oceanos, "ad infinitum". O egoismo humano tem agido na contramão, com relação a ordem natural das coisas. A consciência que nos foi dada não é outra coisa, senão, a lei de Deus escrita em nossos corações; contudo, o pecado inverte em nós a polaridade dessa energia potencial. Como resultado, seguimos pelo caminho da autodestruição, repudiamos o caminho pré-estabelecido para o nosso bem e trazemos sobre nós mesmos toda sorte de sofrimentos. O nosso procedimento tresloucado tem chegado às raias da intolerância, por parte da própria natureza. Hoje, estamos vendo, como nunca, o degelo das colotas polares, as devastações dos maremotos, os furacões provocando até a queda de aviões, as chuvas torrenciais com excessivas destruições, terremotos, calor desmedido, nevascas acima do limite e assim por diante. Concomitantemente, vemos ataques de elefantes alucinados, búfalos descontrolados, feras enlouquecidas, touros desatinados, cães e outros animais que atacam seus donos e tratadores!...De onde vem tudo isso? Será que precisamos de mais sinais e avisos de que estamos em flagrante desrespeito às leis da natureza? Deus perdoa-nos os pecados; a natureza, não. Ela é implacável conosco, na sua autodefesa - Gn. 3.17-19, e Deus tem nela recurso para, se necessário, subjulgar nossa descabida arrogância. Será que temos pensado nisso? É suficiente lembrarmos das muitas civilizações da terra que, pela dureza do coração impenitente, foram banidas, varridas para sempre! Deus tenha misericórdia de nós! A Ele toda glória!

Senado aprova acordo entre governo e Vaticano


BRASÍLIA – Os senadores aprovaram nesta quarta-feira (7 de Out) o Projeto de Decreto Legislativo, de número 716, de 2009, que dá o aval ao tratado vindo do Itamaraty assinado pelo governo brasileiro e o Vaticano. A matéria segue agora para a promulgação do presidente do Congresso Nacional, José Sarney (PMDB-AP). Mais cedo, a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado ratificou em votação o parecer favorável do relator, o senador Fernando Collor (PTB-AL), pela matéria que foi enviado ao plenário em caráter de urgência, para que a votação fosse feita no mesmo dia. O senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) chegou a pedir vistas, que o presidente da comissão, o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), ofereceu a concessão de duas horas em vez de cinco dias, como de praxe, com a justificativa de que o assunto já tinha sido debatido há meses no Congresso Nacional. Mas, Mesquita rejeitou a idéia. O item foi votado e aprovado, com a abstenção de Mesquita.Em seu relatório, Collor defendeu que “o acordo não fixa relação de dependência entre as partes. O Estado brasileiro não se torna submisso à estrutura eclesiástica católica nem perde a sua autonomia para a gestão da coisa pública”. O líder do DEM no Senado, José Agripino concordou com o parlamentar e resumiu que o tratado não tem cunho religioso e sim político. “O Brasil é um Estado laico, tem interesses múltiplos e tem o direito da liberdade religiosa, mas não se trata disso. Vaticano é um Estado. Esse caso não se trata de questão religiosa, nem privilégio”, apontou. “Não existe aqui rivalidade entre as religiões. Existem acordos com Estados diferentes”, completa o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM).

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

EVANGELHO - PODER DE TRANSFORMAÇÃO DA VIDA: Rm.1.16-17


Conheci um homem transformado, radicalmente, pelo poder de Deus. Estava com setenta e dois anos.Quando mais moço, na incredulidade, fora extremamente embrutecido e se tornara assassino. Entretanto, Cristo um dia mudou definitivamente seu coração. Estive à cabeceira do seu leito, no último dia de sua vida nesta terra. Com ele - voz um tanto abafada e rouca - cantamos o hino que lhe era predileto, o qual descrevia a conversão do pecador. Seu rosto, trazendo as marcas dos seus anos, refletia serenidade e paz. Ali estava numa cama tosca,  cabelos brancos coroando a cabeça, espalhados sobre o travesseiro. Agora, o amor e a bondade estampavam-se em seu semblante rude. Disse-me: "pastor, tenho pouco mais de dois anos de vida (contando, evidentemente, a partir do seu novo nascimento) os demais anos desperdicei-os nas loucuras deste mundo. Mas o Senhor teve misericórdia e me deu uma nova vida em Cristo".Partiu sereno, tranquilo, e agora está entre amigos na glória! Louvado seja o nosso Deus!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

IGREJA CORPO VIVO DE CRISTO:


"A Igreja de Cristo é um organismo vivo, espiritual, ao mesmo tempo "rijo" e "elástico".A sua rigesa lhe garante resistência vitoriosa contra todas as impugnações das hostes adversas. A sua elasticidade lhe assegura perfeita adaptabilidade a todo e qualquer ambiente histórico. Se lhe faltasse a necessária rigesa, correria perigo - humanamente falando - de ser destruida, o que nunca acontecerá, porque as portas do inferno não prevalecerão contra ela, Mt.16.18. Se lhe faltasse a devida elasticidade, acabaria por se isolar como um quisto inerte, neste mundo dinâmico e vivo, desaparecendo no museu dos fósseis, ou da arqueologia."   ( Huberto Rohden - filósofo brasileiro) Nota: O escritor não está falando de denominações do cristianismo que são entidades humanas;mas, Igreja, Corpo vivo de Cristo, por ele estabelecida, como manifestadora do Reino de Deus.

EXPRESSÕES DE GRANDE VALOR:



1."Filósofo é aquele que não é capaz de falar sem dizer alguma coisa".
2."Cristo venceu, na vida de Paulo e Agostinho, as duas maiores forças
    mundanas:  a) o fanatismo religioso;  b) o sensualismo carnal."
3."Os amigos procuram nos ajudar e, muitas vezes, nos atrapalham;
   os inimigos procuram nos atrapalhar e, muitas vezes, nos ajudam."
   (Machado de Assis)
4."A maior expressão de loucura é tirar a vida de alguém e a maior ex -
   pressão de amor é dar a vida por alguém."  (Rui Barbosa)

EPOPÉIA DA VIDA CRISTÃ

1. Se forte cristão                        Refrão: No céu e na terra,
 - cristão consciente,                                na terra e no mar,
 das lutas da vida,                                    nos grandes abismos
da vida de um crente,                               e alturas sem par,
a vida que é luz                                         levemos a nova
e emana da cruz,                                       da vida titosa
de Cristo Jesus,                                         que o mundo não goza,
Estrela luzente.                                          nem pode gozar.

2. Só há um caminho,                    Refrão:....................................
caminho direito;
mas, cheio de espinho,
além de estreito.
Porém, há sustento,
eterno alimento,
prá todo momento,
saudável, perfeito.

3. Buscando a palavra                     Refrão:......................................
do Deus Criador,
nós somos guardados
na senda do amor.
O Espírito guia
e sempre auxilia,
inspira, recria,
o nosso interior.

4. Vivamos a graça                          Refrão:........................................
que Cristo nos dá,
porque o juízo
em breve virá;
mas, para os remidos,
no sangue abluidos,
no Corpo inseridos,
só gozo haverá.                              (Em cada estrofe repetimos o re-
                             frão  -  Maringá/ agosto/ 2007)

                                                                      
     
 

sábado, 3 de outubro de 2009

MEU MODELO:



Ele foi amigo das crianças!... dos pequeninos...
dos humildes...
Nascera em manjedoura, entre animais!...
vivera em lar modesto,...filho de carpinteiro.
Correu descalço pelas ruas de Nazaré,cidade pequena,
inexpressiva, obscura e, durante o tempo todo,
conviveu mais com os desafortunados, que
com os magnatas de sua época.
Chegou a ser designado:"Amigo de publicanos e pecadores"!
Precisamos ter inveja de alguém assim?
Mas, ele foi acusado, condenado, crucificado por inveja!
Sim, a classe dominante o entregou por inveja, diz-nos o texto.
Como poderia alguém ser acusado de malfeitor e invejado ao mesmo tempo?
Senhor Jesus, mesmo que tenha sido assim e, por isso mesmo,
Tu és meu Mestre, és meu modelo! Quanto mais te considero,
tanto mais te admiro, mais meu coração se apega ao teu!
Ainda que tenhas tido tanta oposição, tristezas e lágrimas,
quero seguir-te os passos e passar por essa mesma senda.
Esse é o único caminho digno de ser palmilhado!
Não espero ser tratado de modo diferente. E, ainda que rejeitado,
repudiado, ridicularizado, quero buscar o que buscaste e amar o que amaste.
E que nada, absolutamente nada, venha desviar-me os pés desse
caminho bendito!
Portanto, ajuda-me, Senhor, a prosseguir com o olhar cravado em ti.
Pois, certamente, nunca haverá, na terra, nada mais tão apaixonante
que seguir teus passos!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

DR.ALBERT SCHWEITZER:


         Você já ouviu falar desse homem? O Dr. Albert Schweitzer nasceu na Alçácia, Alemanhã, em 1875, tornando-se detentor de três doutorados (Teologia, Filosofia e Musicologia), vindo a ser professor na famosa Universidade de Cambridge.
          Era considerado,no seu tempo, o melhor intérprete de Sebastian Bach, ao piano ou como organista. Contudo, o que de fato o notabilizou e lhe trouxe o "Prêmio Nobel da Paz", em 1953, foi a decisão de deixar sua cátedra como professor e, aos 40 anos, foi estudar medicina, para, como médico-missionário, embrenhar-se nas florestas do coração da África.
          Enquanto na Europa ocidental, milhares de pessoas morriam nos horrores da segunda guerra mundial, o Dr. Schweitzer, nas entranhas das selvas equatoriais africanas, salvava nativos  condenados a morrer, pelas contaminações tripanossômicas.


          Seu primeiro hospital foi um galinheiro (naturalmente remodelado) e seu enfermeiro foi um nativo, homem simples, por ele mesmo treinado para isso.
          Tudo isso se deu em sua vida, inspirado no texto de Mt. 25.35-40, em que Jesus diz: " Pois eu tive fome, e vocês me deram de comer; tive sede, e vocês me deram de beber; fui estrangeiro, e vocês me acolheram; necessitei de roupas, e vocês me vestiram; estive enfermo, e vocês cuidaram de mim; estive preso, e vocês me visitaram". Então os justos lhe responderão: Senhor, quando isso tudo aconteceu? "E o Senhor responderá: o que vocês fizeram a alguns dos meus menores irmãos, a mim o fizeram".


          Quando jovem, rescém-convertido, li seu livro "Entre Águas e Selvas" que não era outra coisa, senão,
seu diário envolvendo sua viagem ao continente africano, o início do seu trabalho ali, e sua estada à frente do hospital em Lambarene, nas proximidades do Rio Ogoval. Quanta inspiração recebi, lendo aquele eloquente documentário!
          Hoje, estou lendo, com vagar (porque não é fácil penetrar nas colocações feitas por esse homem iluminado), suas obras teológicas: "A Busca do Jesus Histórico" e o "Mistissísmo de Paulo".

 O homem das ciências teo-filosóficas tem seus vôos alcandorados, porque é sempre um inquiridor, um investigador. E é bom que, de quando em vez, apareçam esses paladinos das alturas e das profundidades. Não podemos criticá-los se, porventura, se percam um pouco em seus próprios vôos, embaçados na luz da amplidão. As ciências são ajustadas ao longo dos anos, no seu próprio percurso.


          O que sempre nos impressionou, é que o Dr. Albert sempre foi capaz de tranzitar entre a intelectualidade mais profunda, a arte musical e literária mais apuradas e, com tudo isso, irmanar-se com carentes e necessitados, como o próprio Senhor Jesus. Admiramos os talentos, os dons, as realizações, todas reunidas em um só homem. Porém, mais que isso, vemos o alcance da amplitude da graça de Deus, em uma vida que disponibilizou-se para obedecer e servir ao Senhor. Louvado seja o nosso Deus!




quinta-feira, 1 de outubro de 2009

AS CRIANÇAS À BEIRA DO CAMINHO - Lc. 10.25-37




O QUE A IGREJA BRASILEIRA TEM A VER COM ISSO?
1. A PERGUNTA ERRADA:
     É muito conhecida a história do bom samaritano, contada por Jesus e registrada pelo evangelista Lucas (10.25-37). Jesus a contou para responder a pergunta "Quem é o meu próximo?". A primeira coisa que Jesus fez ao contar a parábola foi corrigir a pergunta. Ele perguntou ao mestre da lei. Ele perguntou ao mestre da lei "Qual destes três lhe parece ter sido o próximo do homem que caiu na mão de salteadores?".  A resposta foi: "O que usou de misericórdia para com ele." E Jesus concluiu: "Vai, e procede tu de igual modo". O samaritano viu alguém que precisava dele e agiu em função daquela pessoa. Devo ser próximo daquele que vejo precisando de mim.
      Mas a conversa com o mestre da lei tinha começado porque ele queria saber o que fazer para ter a vida eterna. Jesus lhe pediu para que resumisse a lei de Moisés. O mestre da lei acertou em cheio: "Amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento e amarás o teu próximo como a ti mesmo". Jesus complementou com o lógico: "Ótimo, você já sabe, então vá e faça isso". E o mestre da lei fez a pergunta errada, "Quem é o meu próximo?", revelando que não sabia o parecia mais óbvio: a relação com o próximo. Ele sabia o que era amar a Deus de toda alma, de toda força, de todo coração, de todo entendimento, mas não sabia quem era o próximo.
     Isso é um absurdo. Nenhum de nós sabe qual é o limite das nossas forças, nem a dimensão da nossa alma, do nosso coração ou do nosso entendimento. O mestre da lei achava que sabia, e que seu problema estava na segunda parte do mandamento, saber a quem deveria amar. Essa é uma confissão terrível e assustadora. Ele estava dizendo: "Eu sei o que fazer com Deus, mas não sei o que fazer com as pessoas". E isso parece ser uma absoluta contradição. Como é possível saber tudo sobre o Criador e com isso se afastar das suas criaturas?
2. A IGREJA DO MESTRE DA LEI
     A situação do mestre da lei retrata bem o estado da igreja brasileira. Temos pensadores e teólogos de todos os tipos, temos ótimas escolas de teologia, mas continuamos a ser uma igreja que sabe "tudo" sobre Deus, mas não sabe a quem amar.
     A melhor coisa que a igreja pode fazer, onde quer que esteja inserida para pregar o evangelho, é demonstrar o amor de Deus, marca básica do seu reino. Por que temos tanta dificuldade em fazer o pastor entender isso? É muito claro é só olhar para a criança recém-nascida. Ela sabe que a mãe a ama por causa de tudo que a mãe faz por ela. Não é um sentimento abstrato, está no toque das mãos, no colo, no alimento, no cuidado, na voz. Algo muito prático. Mas nós, pastores e nossas igrejas, não conseguimos entender isso, porque o evangelho que nós temos no Brasil é o evangelho do mestre da lei: um evangelho capaz de dizer "Eu sei o que é amar a Deus, mas não sei quem é meu próximo".
    Nossa igreja é marcadamente teórica. A maior prova disso é que ela gira em torno do púlpito. O pastor brasileiro é contratado pelo que ele é capaz de fazer durante uma hora e meia, uma vez por semana.
    Jeus nos ensina que devemos ser próximos daquele que precisa da nossa ajuda. Ver essa pessoa é o primeiro passo. E essa visão é deflagrada pela compaixão, que é a grande marca do samaritano. Jesus fez questão de frisar que outros dois homens - um levita e um sacerdote - também tinham visto o que estava ferido. Mas só o samaritano se compadeceu. Não é uma questão de ver com os olhos, mas sim com o coração.
     A compaixão é, necessariamente, fruto da identificação. Você se compadece de alguém com quem se identifica. Ao vê-lo se imagina no lugar dele e diz "poderia ter sido comigo". Se o samaritano tivesse passado antes do moço, ele provavelmente teria sido o assaltado. Seria ele o homem à beira da estrada. A compaixão que não se coloca no lugar do outro é egoísta, porque é uma compaixão da filantropia, não da comunhão. Ela faz com que eu olhe o outro como se ele fosse  um ser inferior a quem eu posso dispensar um pouco do meu tempo, dos meus recursos, das minhas possibilidades - afinal de contas não me custa nada.
     Jesus fez questão de afirmar que estava falando de um samaritano. Seus ouvintes discriminavam os samaritanos considerando-os uma raça inferior e herege, um povo que não sabia nada sobre Deus e se metia a falar dele. Na parábola havia três judeus. Um deles foi assaltado e abandonado à beira do caminho. Dois outros judeus passaram de largo. Todos iguais ao mestre da lei, gente que sabe o que é amar a Deus. Então passou o samaritano que, ao contrário do mestre da lei, não sabia nada sobre Deus, mas sabia a quem amar.
     Você percebe a ironia na fala de Jesus? É como se ele dissesse: "É o samaritano, lembra dele? Aquele jujeito que não sabe nada sobre  Deus, aquele sujeito que você despreza. Mas ele viu e se compadeceu". Jesus chama a atenção do mestre da lei para o racismo deste. A denúncia se estende aos outros ouvintes também. "É verdade, nem você nem a sua cultura sabem a quem se deve amar, porque vocês segregam, marginalizam, o samaritano. Vocês não entendem qual foi o chamado de Abraão. Um povo que tem a vocação de ser uma bênção para todas as famílias da terra não tem a prerrogativa da segregação". Segregação por parte da igreja, povo de Deus, contradiz a sua missão, a sua razão de existir, a sua razão de ser.
     Além de denunciar a ética do mestre da lei e de seus contemporâneos, Jeus mostra o que deve ser feito: você tem de sair o seu conforto e ir para o lugar do desconforto do outro. Identificar-se com ele e fazer tudo que for possível para tirá-lo dali e trazê-lo para o seu lugar de conforto. Todos esses movimentos exigirão o sacrifício de se dispor e disponibilizar tudo o que é seu, porque aquele que você viu e que precisa de você, se torna imediatamente sua propriedade. Você ajuda o outro no seu estado de desconforto, de modo a dar-lhe condições mínimas de reação, traz a pessoa ao seu estado de conforto, e leva-o a um lugar onde ele possa ser plenamente recuperado. E é exatamente esse o movimento que o samaritano faz. O pastor presbiteriano, Dídimo de Freitas, chama esse movimento de" teologia da ação social".
     Uma das razões porque nós temos tantas denominações evangélicas é porque nós sabemos demais e nos dividimos por conta de detalhes. Elaboramos verdadeiros tratados sobre Deus, mas não sabemos a quem devemos amar.
     A maior denúncia de Jesus na parábola do bom samaritano é: "Será mesmo que você sabe de Deus se você não sabe a quem deve amar?" A grande questão que Jesus levanta para o mestre da lei é: "Além de ter feito a pergunta errada, tem mais um detalhe que eu preciso lhe dizer: será que você sabe mesmo sobre Deus? Porque quem sabe de Deus sabe a quem deve amar, pois Deus é amor.
     Da mesma forma, algo na vida da igreja brasileira está profundamente errado: uma igreja que segue a Deus, que diz conhecer a Deus e saber o que é amar a Deus, tem de saber a quem se deve amar , tem de falar menos e agir mais. Este é o grande desafio de se fazer uma missão integral no Brasil. É dificil perceber que não há óutra maneira de falar de um Deus que é amor se não for por meio de atos de amor que dão conteudo a qualquer palavra que a gente queira dizer. Quem segue um Deus assim não pode ter palavras vazias.
3. A CRIANÇA É QUEM ESTÁ À BEIRA DO CAMINHO
     Palavras vazias não cabem em lugar nenhum, muito menos em uma realidade como a do Brasil. A pessoa, o ser humano à beira do caminho no Brasil é, por excelência, a criança. É o pobre de modo geral, mas dos pobres a criança sofre mais com a pobreza e está em maior número. O Estado não tem uma política que contemple, por exemplo, as necessidades de nossas criancinhas até 6 anos - 11,5 milhões delas (56 p/cento nessa  faixa etária) vivem em famílias, cuja renda mensal, está abaixo de meio salário mínimo per capita por mês. Elas não tem seus direitos básicos garantidos, vivem em situação indignas e deploráveis.
     O Brasil convive com crime organizado, que tem na criança seu alvo preferencial tanto na prestação de serviço quanto no consumo. Na prestação de serviço, porque o tráfico se utiliza da grande contradição que existe no Brasil, onde em muitos casos a lei apropriada existe, mas não é aplicada. Por exemplo, o estatuto da criança e do adolescente é excelente, mas até hoje, 18 anos depois de criado, ainda não foi implantado. O narcotráfico sabe que a criança é inimputável, não pode ser responsabilizada. Sendo assim, eles aliciam a criança para fazer o serviço sujo. E as possoas que querem corrigir esse estado de coisas no Brasil decidem num  rasgo de "inteligência" profunda, punir a criança!
     Em vez de fazermos, como sociedade, uma devassa no judiciário, na polícia e nos institutos públicos, que estão corrompidos e corroídos até a medula, decidimos que a solução é punir a criança. Isso para resolver um problema que, sem dúvida alguma, faz da criança a maior vítima.
     Quem coloca a criança à margem do caminho é o próprio Estado brasileiro. Primeiro, por sua ausência, pois o Estado não está presente nas comunidades, nem na área de saúde, nem na educação, e nem na prevenção ao crime. Ele chega depois, com a força da coerção, para pegar o "pé de chinelo" e fazer bonito nos jornais.
     A imprensa, por sua vez, dá voz as forças dominantes no Brasil que se integram de forma articulada para camuflar o problema, para maquiar o país. É verdade que nós temos uma economia potente, que nós somos uma das vinte nações emergentes e somos uma das mais próximas do primeiro mundo. Mas toda essa vitalidade econômica continua na mão de poucos, pois os meios de produção pertencem a poucos.
     Somos a única nação moderna do mundo que não passou por uma reforma agrária. Essa situação no campo propicia o trabalho escravo, cuja maior vítima é novamente a criança. O Brasil tem uma pessoa agonizando à beira do caminho. É uma criança ou adolescente, que sofre pelo descaso do Estado, pela falta de políticas publicas, pelo modelo econômico, um modelo concentrador de riquezas e que eleva o lucro à condição de deus. O lucro é um grande inimigo da criança porque ninguém custa menos ao ser explorado do que a criança. É simples, é a lógica do sistema. E é contra isso tudo que lutamos.
     Se a igreja continuar com o evangelho do mestre da lei, nós não vamos fazer diferença alguma em nosso país, porque é um evangelho que não sabe a quem se deve amar. Um evangelho que não se identifica, que não reconhece que tem alguém à beira do caminho, e que passa ao largo de crianças estiradas, crianças que representam o futuro desse país. Uma nação que não cuida bem das suas crianças é uma nação comprometida, em crise.
     Qual é o nosso papel? É não desistir da igreja. A parábola do samaritano é mais atual do que a gente gostaria que fosse, e ela é destinada à igreja brasileira e para a situação desse país. Nosso papel, na igreja, é pegar nossos pastores pelo colarinho e dizer-lhes: "Venham aqui ler a parábola do samaritano de novo". Vamos ler outra vez, parece que nossa igreja não a entendeu ainda. Vamos ler até que eu, você e os que estão conosco saiamos dessa posição de conforto". Essa missão nós não podemos abandonar.
     (Ariovaldo Ramos - pastor presidente do ministério  JEAME)