quinta-feira, 12 de agosto de 2010

VASO NA MÃO DO OLEIRO

         
          Na minha experiência de 50 anos de pastor, o melhor que pude ver até agora, produzido nas igrejas evangélicas do Brasil, foi o ministério "Veredas Antigas".
          Nesses seminários, feitos com as ministrações do pastor americano Craig Hill, complementadas por coordenadores e facilitadores locais, vê-se resultados palpáveis de vidas sendo tocadas e transformadas, pelo poder do evangelho e do Espírito Santo.
          As mensagens são sólidas, penetrantes, convincentes, demolidoras de sofismas [(IICo.10.4-5) que todos nós temos] e atingem o espigão da nossa envergadura, o pecado - cerne gerador de toda a problemática em torno de nossa vida.
          É maravilhoso ver como o Senhor tem poder para descativar almas aprisionadas, destrancar cadeados do coração, implodir rígidas redomas de vidas encaramujadas, ensimesmadas, evidenciando a beleza que está no interior de cada ser humano, feito a imagem e semelhança do Criador.
          Pessoas sisudas, corações pedrados, chegam a essas reuniões carregando fardos resultantes de vínculos quebrados, estígmas do passado, carapaças de autoproteção, e são misericordiamente libertadas. A proporção que vêem ali pessoas se quebrantando, confessando literalmente seus pecados, rasgando o coração diante do Senhor (Jl.2.13), sentem que ali é possível tirar a máscara e podem ser na verdade quem são. Então, abrem as comportas dos seus olhos e deixam rolar as lágrimas por muito estancadas.
          Esse é o milagre que precisamos ver hoje, na Igreja do Senhor Jesus. Muitos evangélicos de anos e anos, principalmente pastores e bispos, nunca experimentaram esse banho da infinita graça de Deus. Aprenderam, desde meninos na fé, a conviver coadunando as palavras de Cristo com sua própria justiça. Tem do evangelho o suficiente apenas para serem infelizes! Luz que apenas os acusa do pecado sem que lhes seja possível chegar-se a experiência do perdão; que aponta-lhes um ideal de santidade, porém, sempre como algo anatingível, quimérico.
          É difícil mesmo entregar-se ao Senhor para ser quebrado, como vaso nas mãos do oleiro (Jr.18.1-6), a fim de ser refeito. É mais fácil optar por ir a um templo, pregar ou ouvir um sermão, e voltar para a casa do mesmo modo, sem que as lágrimas do arrependimento se irrompam em bátegas incontidas. Nem há mais, em nossos cultos, lugar para isso! Todavia, somente quando isso acontece conosco é que o evangelho se mostra ser evangelho, e Cristo nosso grande libertador. Louvado seja, por todo o sempre, o nosso Deus!

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