terça-feira, 18 de janeiro de 2011

OS AVISOS DAS CONSEQUÊNCIAS


         
          Estamos vendo, estarrecidos, os acontecimentos nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Quando alguma coisa funesta e anormal acontece, logicamente, devemos estudar a causa que produz tais consequências. Esse é o primeiro passo, uma vez que estamos num mundo onde "causa e efeito" funciona como base de quase tudo que ocorre - colhemos o que plantamos. Até mesmo, já formulamos o popular ditado: "Quem semeia vento, colhe tempestade".
          Nos dias atuais, estamos vendo com frequência, no Brasil e no mundo, vendavais destruidores, inundações calamitosas, furacões de proporções alarmantes e, inquestionavelmente, há uma razão para tudo isso. Sem dúvida, estamos colhendo frutos amargos do nosso egoísmo exacerbado.
          Esse egocentrismo manifesta-se de muitas maneiras; mas, sobretudo, no modo como utilizamos os recursos naturais. Temos sido exageradamente agressivos com o ambiente no qual vivemos, arrancando dele, de maneira inconsequente, desrespeitosa, o suprimento para as nossas tirânicas e impetuosas carências. Já dizia Gandi: "O planeta em que vivemos tem recursos suficiente para o sustento de todos, se dele retirarmos, diariamente, apenas o que nos é necessário". Na verdade, o nosso planeta tem sido espoliado, judiado até de maneira cruel e impiedosa.
          O homem é um ser racional; todavia, frequentemente age com irracionalidade! O mais das vezes, temos tentado extrair do mundo físico aquilo que no âmago nos falta, esquecidos de que somente Deus pode nos fornecer tal suprimento. Quem não se relaciona satisfatoriamente com o Criador, tenta suprir suas necessidades no mundo por ele criado, porém com egoísmo devastador. Sem saber o que realmente precisamos, temos essa busca desesperada por praia, rios, lagos, montanhas, florestas, animais, e isso revela-nos o quanto estamos carecentes de Deus.
          Achamos por bem dizer que há um desequilíbrio na natureza; contudo, a bem da verdade, esse desequilíbrio está no homem, a partir do seu interior em desajuste com o Criador. No geral, nossas explicações dão conta de que há fenômenos metereológicos, culpamos o aquecimento global, a emissão de gases poluentes, o lixo, o desmatamento, mas temos dificuldade de encontrar a verdadeira causa, porque ela está em nosso próprio coração.
          Há cinquenta anos atrás, tínhamos ainda o orvalho da manhã e a espessa neblina que ficava até às 9 e 10 horas do dia, e as chuvas por gotejamento que duravam de três a quatro dias. Hoje, o que temos são as tempestades rápidas, com grandes precipitações de água, fazendo estragos que nos deixam estupefatos. Onde está o "por que" disso tudo? A verdade é que não queremos responder honestamente essa pergunta; pois, a causa não está no mundo físico, no ecossistema, mas, na superconcentração do egoísmo humano. Isso já aconteceu no começo da história dos homens. Quando ainda não havia nenhuma forma de egoísmo no coração humano, uma neblina era suficiente para regar a terra (Gn.2.6) e fazê-la produzir. Logo mais entrou o pecado e, passadas algumas gerações, tal foi a corrupção que ela se encheu de violência e, consequentemente, veio o juízo como sabemos e foi um grande dilúvio - Gn.6.5-7.
          Por que grandes chuvas em determinados momentos e lugares - Ed.10.9-13, e também secas prolongadas, se Deus prometeu ao seu povo (em havendo fidelidade) chuvas na proporção certa - Dt. 11.13-14, conforme sua palavra? O sol e a chuva são necessários e, na medida certa, são bênçãos maravilhosas. Contudo, são também instrumentos de juízo, quando o homem no seu orgulho não corresponde à expectativa divina. E, no nosso desvário, invertemos as coisas, amando as criaturas ao invés do Criador; sabendo que, evidentemente, as criaturas não podem estar no lugar do Criador em nossos corações. Reflita nisso e aprenda cada dia mais a regozijar-se naquele que é o Senhor de tudo e de todos - o nosso Criador! Ao grande Deus, Criador de céus e da terra, sejam dadas honra e glória por todos os séculos!!!
      

Nenhum comentário:

Postar um comentário