terça-feira, 4 de janeiro de 2011

NATAL E RÉVELLION

         
          O Natal, há muito tempo, deixou de ser uma festa espiritual, do coração voltado para Deus, para ser uma manifestação autêntica do egoìsmo humano, aproximando-se do carnaval, cuja ênfase é a cupidez da carne. O protagonista principal do Natal agora é o Papai Noel e os figurantes são os presentes, o panetone, o peru assado, os convivas, a ceia, as bebidas, as viagens, a praia, tudo feito para o nosso próprio deleite. O Verbo que se fez carne, fazendo-se Filho do Homem a fim de que nos tornássemos filhos de Deus, sim, aquele que deveria estar recebendo toda a honra da nossa parte, está sendo paulatinamente esquecido. Que desvirtualização!!!
          O "Révellion", na passagem de ano, que deveria ser um bom marco nas nossas vidas, um momento sensibilizador para a renovação dos nossos propósitos, também tem concentrado o sibaritismo, a voluptuosidade excessiva, a busca do divertimento e satisfação pessoal. Além do desgaste exagerado, dos gastos incalculáveis por alguns com luxo extravagante, vê-se claramente que Deus não tem tido espaço nos folguedos da maioria dos brasileiros, principalmente nessa ocasião. São muitos os fogos, despesas exorbitantes com foguetórios para o encanto dos olhos, bebidas, guloseimas, roupas brancas, previsões para o novo ano, os desejos e votos de paz, saúde, alegria, felicidade para todos; mas onde está Deus nisso tudo?
          Se o Senhor não é mencionado, num momento tal como esse, é porque não está em definitivo presente em nosso coração. Gosto de observar o comportamento dos americanos (estadunidenses) que, frequentemente, usam a expressão "my God" (meu Deus) e isso advém da cultura desenvolvida entre eles. Não que o americano seja, por isso, mais "spotless" (puro, ilibado) que o brasileiro. Mas, o nosso Deus deverá ser sempre honrado em nosso meio, porque, "feliz a nação cujo Deus é o Senhor" - Sl.33.12. E não nos esqueçamos que "dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas" - Rm.11.36.

        

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