quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

CAVEIRÕES E TANQUES DE GUERRA:


É assim que temos buscado a paz neste país! De vez em quando, diante de absurdos acontecimentos causados por marginais em suas incursões de assalto e, policiais em repressão, temos sido sobressaltados por acontecimentos drásticos que nos causam inquietação e pavor frequente. Nesse momento, o povo desesperado sai às ruas, em manifestações, clamando para que haja paz. Enquanto isso, ao invés de se buscar a paz tão anelada e necessária, o Brasil resolve coprar mais de duzentos tanques de guerra, já sucateados na Alemanha. Um grande negócio para a nação germânica, um pesadelo e entrave maior para os brasileiros, que até já se despontaram na fabricação desses fatídicos comboios. Mas,... será que estamos indo na direção certa? Acho até que o Brasil deveria deixar de ter exército, esse gasto exorbitante e buscar um outro caminho que, como inovação, servisse de modelo a outras nações. Todo esse contingente do exército poderia ser apenas  uma polícia-militar, bem treinada e aparelhada, para guarnecer as fronteiras e manter a ordem no país, a disciplina e a segurança. Tal contingente estaria repartido em força aérea, marinha e terra, e ainda federal, estadual e municipal, com oficiais e soldados permanentes e outros temporários. Não participaria de guerras (somente se ameaçados em caso extremo), resolvendo suas divergências, os problemas gerados com outros países, diplomaticamente, por meios pacíficos,o que já se encontra em nossa constituição.O problema nosso não está no exterior, nem nos países fronteiriços, está dentro da nossa própria casa, ou seja, na corrupção, no desmando, no tráfico de drogas, na imoralidade, nas manobras políticas, no descaso com a saúde, na delinquência dos jovens, nas clamorosas injustiças sociais.A Suíça não tem exército, somente polícia, e vive em paz há muitos anos. Não tem espírito beligerante desenvolvido. Se observarmos, quanto mais um país se arma para a guerra, mais desenvolve o espírito aguerrido, deixando de lado o poder da paz e da força moral. A Suíça não participou das guerras mundiais, não obstante tenha ficado no meio do fogo cruzado, visto que os países ao seu redor fizeram parte da conflagração. No meio do conflito, mesmo assim, ninguém teve a coragem de desrrespeitar a neutralidade e, sobretudo,a autoridade moral daquela nação. O pior da arma é dar ao homem (ou nação) a sensação de poder, neutralizando o sabor da força moral, da ética inquestionável. Rui Barbosa, nosso brilhante jurista, defendeu em Haia, na Holanda, "A força do poder em lugar do poder da força" e foi aplaudido de pé. Estava certo ele e é isso que está faltando, no mundo de hoje e, particularmente, no Brasil.Estamos tendo  no país uma corrida armamentista, em que a polícia aprimora suas armas e os marginais procuram estar em superioridade.O evangelho de Jesus está fundamentado em princípio antagônico a isso, dizendo: "Bem-aventurado os pacificadores, porque estes herdarão a terra", ou seja, estes serão os vitoriosos. Foi exatamente nesse evangelho que o nosso Rui forjou a sua tese. A vitória não está no poder da força, mas na força da paz, da dignidade moral. A guerra e a violência de qualquer natureza, são manifestações irracionais dos seres embrutecidos, que não sabem resolver seus problemas de maneira pacífica.As guerras, quando estão para acontecer são facilmente justificáveis; passados 20 ou 30 anos, vê-se claramente a selvageria que foi, os prejuízos contabilizados, os estragos por vezes irreparáveis e a nossa incapacidade em seguir o caminho da paz.  Há sempre pelo menos três modos de resolver um problema: a primeira é a forma animalesca, isto é, própria dos animais; estes procuram resolver seus conflitos por meio de dentadas, bicadas, patadas, coice. Quando agimos de forma semelhante, ficamos parecidos com eles e a guerra é uma demonstração disso. A segunda é a forma humana, quando recorremos a justiça e esta, em sua função, vai ajuizar entre as partes conflitantes. Nem sempre temos a sabedoria divina-humana de Salomão e a justiça puramente humana não é perfeita; mas um bom caminho. A diplomacia sábia, imparcial, com discernimento, pode realizar muito por meio daquilo que chamamos - a vontade de Deus. Em último lugar, temos a maneira divina de resolver uma questão que inclui arrependimento, confissão de pecado, a expiação e o perdão. Esse é o caminho de Deus, eficiente, sobrenatural (ao homem caido) harmonizado com as leis superiores deste universo. "...se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto amontoarás brasas vivas sobre sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem"- Rm.12.20-21. A vitória não é das armas, muito embora elas façam grande destruição. A guerra no Vietnã, no Iraque, e por último na Palestina demonstraram isso. Portanto, comprar tanques de guerra, aviões de caça e outras parafernalhas dessa natureza, é mais propaganda de um governo ou país, exibicionismo aparente de poder, do que fazer uso da verdadeira sabedoria. Uma nação que se prima pela justiça, cuja força está na sabedoria do seu povo, sempre será respeitada e terá fecundidade suficiente, fé e amor, para continuar em sua caminhada. É isso que precisamos. Assim, Deus nos ajudará.

Nenhum comentário:

Postar um comentário