terça-feira, 12 de outubro de 2010

AS CARÊNCIAS QUE SE AFLORAM





Nos anos que findaram a década de 90, tivemos a morte do piloto de fórmula um, Airton Sena; depois, o trágico acidente que vitimou os componentes do conjunto "Mamonas"; mais adiante, a morte do cantor João Paulo (da dupla João Paulo e Daniel)e, por fim, a morte do Leandro, também cantor, irmão e companheiro do Leonardo.
O nosso país atravessava momentos de grande crise e, os ídolos que apareciam, no cenário do esporte ou da música, passavam a dar-nos as alegrias que faltavam. Cada sucesso alcansado, por esses irmãos brasileiros, trazíamos para as nossas vidas, fazendo deles o nosso sucesso.
Lembro-me que, quando a multidão despedia-se do cantor Leandro, muitos choravam desesperadamente. Uma jovem, convulsionada, em prantos, disse ao repórter: "Por que Deus fez isso conosco? Não podemos viver sem ele".
Analisando reações como estas, chegamos a uma conclusão importantíssima: as nossas carências emocionais se manifestam como vulcões, em momentos como estes! São as lacunas incontidas que advém dos subterrâneos do nosso ser e, abruptamente, demonstram as nossas fragilidades.
Por que a música romântica, particularmente, conquista hoje tantos corações? Porque elas falam das nossas carências, do amor, das paixões, da saudade e até das nossas frustrações. Falam de sentimentos, de relacionamentos, pondo na nossa boca palavras que, normalmente, não conseguimos proferir. Por isso elas nos cativam tanto. Contudo, elas não têm o poder de nos transformar em fontes continuamente doadoras desse suprimento que tanto bem faz às pessoas - Jo.7.37-38.
As músicas, o esporte, os amigos, as fortes emocões são coisas que nos fazem muito bem; mas, quem bebe apenas dessas águas tornará a ter sede. Precisamos de uma fonte que, não somente nos mate sede, mas nos faça fontes também canalizando a mesma água para outros corações - Jo.4.13-14. Evidentemente, só o Senhor tem dessa água!!!

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