sexta-feira, 27 de novembro de 2009

AS LOUCURAS DE DEUS



"A loucura de Deus é mais é mais sábia que a sabedoria humana, e a fraqueza de Deus é mais forte que a força do homem" - ICo.1.25.Deus nos tem falado através de acontecimentos e ocorrências que, na nossa avaliação, não são vistas e reconhecidas como voz de Deus. Tais fatos, para nossa análise imperfeita, limitadíssima, são vistos como acontecimentos estranhos e até chocantes, visto que estamos presos aos nossos conceitos e preconceitos, neste mundo do nosso Deus.A Bíblia afirma que Deus nos fala de muitas maneiras - Sl. 19.1-4, Rm. 10.18, Hb. 1.1. O problema nosso é que sempre queremos padronizar, estereotipar (a nosso gosto), o" modus operandi" de Deus; isto é, a maneira que achamos que ele deve agir. Mas, na verdade, ele não depende dos nossos protocolos para agir, nem do aval de ninguém, muito menos dos nossos conselhos para estabelecer os seus desígnios - Rm. 11.34. Deus é espírito livre, auto-suficiente, soberano, desembargado, para agir e reagir de maneira " ultra modum", ou seja, como bem lhe apraz. "Dele, por ele e para ele são todas as coisas"; portanto, "a ele seja a glória para sempre" - Rm. 11.36. Por essa razão, age onde quer, como quer e quando quer, sem ser compulsionado de forma alguma.O homem moderno anda tão arrogante que, até na igreja (onde deveria haver um bom entendimento de quem é Deus), ouvimos pregações em que são recomendadas "orações fortes", com "palavras de comando", determinando, ordenando; porque, segundo se afirma, é dessa forma que Deus irá agir a nosso favor. Pura enganação e "marketing" dos nossos dias.Por isso mesmo, o agir de Deus é por vezes tão estranho, tão fora dos parâmetros humanos, que nos deixa pasmos e perplexos. Justamente (eu creio), para nos dar a entender que ele é Senhor absoluto e Deus supremo. Estabeleceu normas de conduta para todos os seres do mundo; ele, contudo, não se prende a nenhuma dessas normatizações. Por isso mesmo, quem pode lhe servir de conselheiro - Jó 9.12, Rm.11.34.A arrogância do homem advém, em grande parte, do avanço tecnológico dos nossos dias. E, de fato, temos hoje recursos admiráveis! Lembro-me da afirmação de alguns cientistas, que disseram ter nas mãos a possibilidade de produzir um homem (ser humano), do modo que for necessário: com pelos, a semelhança de um urso, para habitar nas regiões polares; dependendo de mais ou menos oxigênio, para morar na terra ou qualquer outro planeta. E disseram: só precisamos de uma palavra de ordem, a fim de que isso seja feito.Esse tipo de orgulho humano sempre existiu; mas, agigantou-se nos últimos tempos, logo após a clonagem da ovelha "dolly". No entanto, quase nessa mesma ocasião, Deus permitiu que, no mesmo cenário da Europa, o mais evoluido, aparecesse a vaca-louca, problema que desafiou a mais avançada ciência. Nós, geralmente, não captamos essas mensagens de Deus. E, o problema, é que elas não se ajustam as nossas decodificações teológicas. Todavia, aquela vaca (embora louca) era mais que um animal transtornado, era uma mensagem tremenda para os nossos dias, mais importantes que as "profecias" de prognosticadores que estam por aí.Pensando bem, isso que constitui pretensão da ciência hoje, Deus já fez no passado, há muitos anos. Nabucodonosor se tornou semelhante a um animal, vindo a crescer pelo em seu corpo, passando a comer capim, vivendo entre os animais do campo - Dn. 4.25. Não era ele o homem mais importante, no mundo naqueles dias? Não orgulhava-se da pompa do seu majestoso reino? Não podemos nos esquecer que Deus abate o soberbo (não o suporta) e dá graça aos humildes -Tg. 4.6.Por que, também, fez a mula de Balaão falar (como se fosse um ser humano - Nm.22.28-30) e não permitiu, que esse mandingueiro contratado, vaticinasse contra Israel? Antes, a contraposto, mesmo sendo homem dessa estirpe (macumbeiro), colocou Deus,em seus lábios , belíssima profecia acerca da estrela que procederia de Jacó - Cristo, conforme Nm. 24.17. Não é, para nós, tudo isso muito estranho? Quem pode programar, determinar o agir de Deus?Não é paradoxal que, do país mais pobre do mundo surgisse um plano tão ambicioso e ardiloso para, naquele dia fatídico, 11 de setembro de 2001, a nação mais poderosa e rica do mundo fosse atingida, exatamente na parte mais nobre do país, as torres gêmeas e o pentágono? Você já percebeu que onde há concentração de orgulho humano é sempre um lugar extremamente perigoso? Por que será que o Senhor permitiu essa catástrofe? O que devemos aprender com isso? Temos olhos para ver o ouvidos para ouvir, então, vejamos e ouçamos a voz de Deus.A cruz não era a coisa mais vil e desprezível na terra? Não era instrumento de suplício e maldição - Gl.3.13? Contudo, Deus a toma para seu Filho e a transforma em símbolo de redenção para a humanidade toda! Deus tem usado as coisas que não são (importantes para os homens) para confundir as que são - ICo. 1.28-29.Os gregos supervalorizavam a filosofia, os judeus os sinais miraculosos; com isso a cruz era escândalo para os judeus e loucura para os gregos - ICo. 1.22-25. Todavia, através da crucificação do Filho, elaborou Deus a mensagem mais fascinante que o mundo conhece. Para os que já foram regenerados, a cruz representa  o poder e a sabedoria de Deus. Como os recursos humanos e a sabedoria do homem têm sido impecílios no caminho da redenção, Deus tem feito uso das coisas que, para nós, não são importantes, justamente para desbancar nossos conceitos de valores, buscando reprogramar nossa mente, apresentando-nos uma nova escala de valores. Na verdade, quando nós amamos ao Senhor sobre todas as coisas, isso vem redirecionar o amor em nossa vida, e passamos a amar o que deve ser amado. Assim, Paulo chega ao seguinte confronto: a loucura de Deus é ainda mais sábia que a mais requintada sabedoria humana. E, por meio desse arrazoado, podemos perceber quão distantes estamos dos propósitos e caminhos do Senhor - Is. 55.8-9. Só mesmo o Espírito Santo, atuando em nosso coração, poderá abrir a nossa mente, descativar a nossa alma dos grilhões a que ficamos sujeitos, por causa do pecado. Que o Senhor tenha misericórdia de cada um de nós!
         

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