Ouço-te, mãe, na voz de uma saudade,
Que vem de longe, em ondas de ternura,
Ao teu chamado, pleno de bondade
Todo meu ser uma oração murmura!
Onde estarás? Eu sei: na eternidade,
Onde estarás? Eu sei: na eternidade,
Estás com Deus na mais sublime altura!
Desfrutas hoje, amor, felicidade,
Bens que teu filho, aflito, ainda procura.
Sigo o roteiro, mãe, da estrada aberta,
Sigo o roteiro, mãe, da estrada aberta,
Que me rasgaste, semeando amor,
Por entre as brenhas de uma terra incerta.
Se descuidado, algures deixo o trilho,
Onde refulgem lágrimas de dor,
Ouço-te ainda a suplicar: MEU FILHO!
(Soneto maravilhoso do Rev.Nathanael
Emmerich / ofereço-o aos meus filhos: Lídia,
Magnes e Orlandson, aos amigos e irmãos
que nos acompanham, aqueles, cujas mães
já estão com o nosso Pai, na glória.)
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