Para viver entre nós numa cama emprestada
Ele humilde nasceu.
E, em jumento emprestado, Ele andou toda estrada
da montanha à cidade e à cidade desceu.
Mas a cruz dolorosa
e a coroa espinhosa
eram suas, bem suas:
a ninguém as deveu!
Tomou pão de um menino e o peixinho emprestado
e ambos abençoou:
fez o povo assentar-se em redor pelo prado
foi o pão repartindo e a todos saciou.
Mas a cruz dolorosa
e a coroa espinhosa
eram suas, bem suas
de ninguém as tomou.
Na barca emprestada, a vagar de mansinho,
Ele pôs-se a ensinar:
O pardal tem sua casa e a andorinha seu ninho.
Para ter seu descanso Ele nem teve lar!
Mas a cruz dolorosa
e a coroa espinhosa
eram suas, bem suas:
de ninguém foi tomar.
A caminho da tumba, em salão emprestado
um jantar celebrou.
Foi morto, envolvido em lençol emprestado,
em sepulcro emprestado afinal repousou.
Mas a cruz dolorosa
e a coroa espinhosa
eram suas, bem suas:
de ninguém as tomou.
Mas o berço entregou, entregou jumentinho
e o pão multiplicou;
devolveu casa e barca, e os tecidos de linho!
Ressurgindo, vazio o sepulcro deixou!
Mas as vestes de luz
e as marcas da cruz
essas eram bem suas
e consigo as levou.
[Tradução de Isaac Salum]
Olá. Me lembro do senhor declamando essa poesia. Quantas vezes fez isso e se emocionou... fazer parte de sua vida foi e sempre será um grande privilegio pra mim. Abraço. Saudade. Suzy
ResponderExcluirOlá Pastor. Estou procurando o autor desse poema, o senhor sabe o nome dele? Só encontrei as iniciais: L.M.N.
ResponderExcluirObrigada.
Andrea
andreinhacm@yahoo.com.br