sábado, 12 de setembro de 2009

A CRUZ DE CRISTO


                                                            
Para viver entre nós numa cama emprestada
          Ele humilde nasceu.
E, em jumento emprestado, Ele andou toda estrada
da montanha à cidade e à cidade desceu.
          Mas a cruz dolorosa
          e a coroa espinhosa
          eram suas, bem suas:
          a ninguém as deveu!
Tomou pão de um menino e o peixinho emprestado
          e ambos abençoou:
fez o povo assentar-se em redor pelo prado
foi o pão repartindo e a todos saciou.
          Mas a cruz dolorosa
          e a coroa espinhosa
          eram suas, bem suas
          de ninguém as tomou.
Na barca emprestada, a vagar de mansinho,
          Ele pôs-se a ensinar:
O pardal tem sua casa e a andorinha seu ninho.
Para ter seu descanso Ele nem teve lar!
          Mas a cruz dolorosa
          e a coroa espinhosa
          eram suas, bem suas:
          de ninguém foi tomar.
A caminho da tumba, em salão emprestado
          um jantar celebrou.

Foi morto, envolvido em lençol emprestado,
em sepulcro emprestado afinal repousou.
          Mas a cruz dolorosa
          e a coroa espinhosa
          eram suas, bem suas:
          de ninguém as tomou.
Mas o berço entregou, entregou jumentinho
          e o pão multiplicou;
devolveu casa e barca, e os tecidos de linho!
Ressurgindo, vazio o sepulcro deixou!
          Mas as vestes de luz
          e as marcas da cruz
          essas eram bem suas
          e consigo as levou.
          [Tradução de Isaac Salum]

2 comentários:

  1. Olá. Me lembro do senhor declamando essa poesia. Quantas vezes fez isso e se emocionou... fazer parte de sua vida foi e sempre será um grande privilegio pra mim. Abraço. Saudade. Suzy

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  2. Olá Pastor. Estou procurando o autor desse poema, o senhor sabe o nome dele? Só encontrei as iniciais: L.M.N.
    Obrigada.
    Andrea
    andreinhacm@yahoo.com.br

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